É interessante como o
desaparecimento de um simples animalzinho, consegue bloquear nossa inspiração
para escrever algum outro assunto, ou fazer qualquer outra coisa. Ontem, eu só
conseguia pensar nos perigos que o gatinho Miu poderia estar passando, pois ele
ficou o dia todo desaparecido.
Sei que isto é prova de
carinho e cuidado. A responsabilidade de proteger uma vida frágil nos leva a ter
estes sentimentos.
Assim também estão os
seres humanos, muitos ansiosos para se agregarem a uma nova família e
compartilharem seus problemas, dificuldades e dores. Muitos são os abandonados,
considerados até como nocivos para esta sociedade.
Há algum tempo atrás, poderíamos
identificar uma pessoa pobre ou mendiga se ela estivesse suja, descalça e com
as roupas rasgadas pedindo esmolas, mas o tempo foi passando e estas cenas
começaram a se tornarem normais para todos. Agora identificamos uma parte da
sociedade que, não só se apresenta desta forma, mas também em agressividades,
atos de loucuras, mutilações etc. Poderíamos até compará-los com um seriado da
televisão: Walking Deed (andando morto),
se não fosse o fato deles ainda não comerem carne humana. Pelo menos eu acho
que ainda não, e de estarem ainda vivos, apesar da sociedade não perceber.
Hoje, em cada esquina,
vemos grupos pequenos de pessoas mendigas, necessitadas, abandonadas, muitas
delas pelas próprias famílias, ou então são pessoas que preferiram viver na
solidão das vielas agregadas à outras famílias, formando uma rede social
aparentemente nociva, com o intuito de fugirem de agressões e humilhações
domésticas.