quinta-feira, 13 de setembro de 2012


Paralimpíadas 

A lei da física teima em dizer, que tudo que está faltando um pedaço, não está inteiro. Mas após ver os jogos Paralímpicos, nós brasileiros e seres humanos começamos a perceber que nem tudo que está inteiro está completo. Desta forma olhamos para o completo e genial Daniel Dias que, com o poder da vontade conseguiu até mudar os nossos pensamentos. Não que a falta de um membro seja motivo para pensarmos ou acharmos que uma pessoa não seja completa, mas pela lei da física ela não ocupa todos os espaços em seus membros e sem braços ou pernas; certamente está faltando um pedaço.
Quando olhamos para nós que somos aparentemente completos, percebemos que mesmo tendo todos os membros do corpo, podemos constatar que não somos tão completos ou inteiros como parecemos ser.
Corremos e pulamos perfeitamente ou quase que perfeitos e nos determinamos à perfeição em pessoa, ao fazermos a nossa escolha em o que deve ser, como vai ser ou o que vai ser quem vai participar, como os atletas completos ou inteiros com todas as suas partes, sem faltar pedaços. Mas não tão completos como a equipe encabeçada pelo genial Danielzinho, carinhosamente chamados por todos. Com a sua “deficiência física” e eficiente determinação, nos alegrou com as medalhas que ganhara nas Paralimpíadas.
Comovido por cada participação e torcendo por cada um conseguir mostrar seu verdadeiro valor e aptidão, vi cegos jogarem bola e os chamados “deficientes” fazerem coisas tão perfeitas quanto nós. Vi homens e mulheres superando a normalidade, escrevendo suas próprias histórias, trazendo aos nossos olhos e pensamentos, o porquê de tanta indiferença.
Eu não estava lá, mas era como se estivesse. Vi homens correndo com suas pernas de Titânio ou fibra de carbono, ultrapassarem o tempo e a razão. Homens cujas partes que faltavam, não faziam tanta falta assim, pois as suas determinações faziam valer a diferença entre os menos inteiros que eram completos e os completos que não pareciam ser tão inteiros assim.
Podemos concluir nesse trocadilho de palavras o prazer do serviço cumprido pelo número de medalhas de ouro alcançadas para nós brasileiros nos sentirmos mais completos.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Isto é São Paulo


Isto   é  

São Paulo  
                                             



Seria grosseiro da minha parte não tentar descrever para vocês a beleza impoluta desta cidade, com seus belos arranha-céus, a se misturar a culturas diversas naquela que é chamada “Terra da Garoa”, onde até mesmo a Grande São Paulo se envolve como a própria mãe gentil, acolhedora de Nordestinos, Paraibanos, Pernambucanos, Baianos, Sergipanos, Cariocas como eu e todo tipo de gente por este Brasil a fora, cultuando a raça brasileira transformando cidade em um enorme picadeiro, se fazendo de artista todo povo brasileiro. As músicas regionais que a todo povo encanta, na lembrança de familiares que foram deixados para trás, quem aqui ganha um dinheirinho para a família sustentar, manda buscar mainha e painho, mulher e seus filhinhos para vir aqui morar. Aqui mora o sonho e é o lugar pra se sonhar, já vem cantado em verso e prosa aqui neste lugar. Quem não conhece os três meninos franzinos que se apresentam na Praça da Sé? Luann toca triângulo, Cosme acordeão e Damião toca chocalho, juntos com suas vozes cantam como pequenos rouxinóis auxiliados por um gerador para dar potência aos microfones. Vi estes meninos ainda moleques tocarem Brasileirinho e percebi que as culturas se encontram e se criam na inteligência de pequenos brasileiros, que por alguns trocados fazem transbordar nossa alma de admiração.
Isto é São Paulo, onde um solitário violonista em meio à multidão lançava as notas de seu violino em melodias de Carlos Bahr, no metrô.



sexta-feira, 6 de janeiro de 2012


Transbordando Verbas pelo Ladrão



Estamos aí!

E 2012 se iniciou, já esbanjando cumplicidade entre as facções, cujas bandeiras teimam em tremular no Distrito Federal, onde se pode contar nos dedos, homens íntegros e responsabilizados em melhorar a vida do Brasileiro e alcançar um crescimento para o nosso país. Por cá um pouco mais perto de nós, enquanto as inundações arrancam famílias e derrubam suas casas destruindo o pouco da alegria do Natal e Ano Novo, podemos até dizer que todos viverão este ano com a esperança de encontrar um lugar novo para esse povo morar. Onde já não bastassem os muitos que nada perdem nas chuvas, porque não tem o que perder, ainda há aqueles que perderam suas vidas e seus entes queridos.

Quantos de nós já olhamos pelas janelas de nossas casas ou até mesmo pela televisão e não vimos um sofá, um fogão, camas, móveis boiando entre as águas sujas, ou um simples mortal como nós agarrados em um poste para não ser levado pelas águas das enxurradas na esperança de alguém lançar mão de sua própria vida para tentar salvar outras.

Enquanto chuvas de épocas em nosso país se transformam em enxurradas destruindo cidades, enxurradas carregam verbas que foram destinadas a reconstruções de cidades e estradas, destinadas a apagar um pouco da tristeza e do sofrimento do povo.

Diferente do Natal e Ano Novo do povo que também diz ser brasileiro é a vida de outro grupo seletivo, cuja mesa da ultima ceia, trocas de presentes imponentes e caros, nos faz ver a diferença da vida entre a nossa sociedade.



Claudio Luiz Nogueira