sábado, 6 de setembro de 2014

Um Bom Atendimento

Em um mundo totalmente capitalista, em que a sociedade se excede ao prazer do consumo, acaba-se expondo ao desprazer do atendimento pós-venda e assistência técnica.
A necessidade de estar conectado, plugado ou no chat, inteirado com o resto do mundo, sem falar nos olhares perplexos ao ver as vitrines das lojas e a facilidade de compras a crédito, boleto, etc, nesta era digital a necessidade e o prazer de possuir tais aparelhos, muitas das vezes fora do orçamento familiar, se torna incompreensível quando há a necessidade de procurar a assistência técnica.
Por outro lado, o consumidor não é o único que se sente prejudicado ao ser atendido em uma assistência técnica. Muitas empresas têm suas marcas expostas em sites de reclamação, como o “Reclame Aqui”, “Reclamão”, etc, onde os próprios consumidores influenciam com seu descontentamento ao comprar tal marca.
Este descontentamento se inicia com o simples fato da necessidade de consertar o aparelho que acabou de ser comprado.
O atendimento demorado e a espera excessiva da solução do problema faz com que a pessoa perceba o despreparo dos atendentes, com suas posturas inadequadas e na falta de sensibilidade e escuta ativa para atender as necessidades do cliente.
Promessas de prazos não cumpridos fazem aumentar a irritabilidade acompanhada da irresponsabilidade das assistências técnicas. Algumas dessas reclamações chegam a ganhar projeção nacional com a utilização da web.
Um caso interessante contado por Piter Santana, da MAISMKT (Os sete erros mais comuns no atendimento a clientes) é o protagonizado pela catarinense Daniely Argenton. Ao descobrir que o carro que comprou apresentava falhas no motor, ela entrou em contato com uma concessionária da marca várias vezes. Por não ter sido atendida em suas reclamações, criou o site “Meu Carro Falha” (www.meucarrofalha.com.br), onde passou a descrever os problemas que enfrentava com o veículo.
Essa iniciativa ganhou quase um milhão de defensores e uma grande campanha foi feita em seu favor. No final das contas, houve um acordo entre as partes, mas até aí a marca já havia sofrido uma exposição negativa.
Este caso pode demonstrar como um simples deslize pode comprometer totalmente a imagem de uma empresa.
Neste contexto, podemos dizer que, cada vez mais aumenta o percentual de consumidores insatisfeitos decorrentes de problemas como a falta de educação, dos atendentes; vender a qualquer custo somente para alcançar metas, focalizando apenas na obrigação da venda; descumprimento dos prazos, irritando mais ainda o cliente; a falta de retorno sobre o serviço que está sendo executado; a burocracia excessiva; e, finalmente, mas não menos importante, a ineficiência do pós-venda, em que o consumidor fica com a sensação de que a empresa se coloca na posição de já ter cumprido todas as suas obrigações após a venda.